Câncer Colorretal

Câncer Colorretal

O que é o cancer colorretal
São tumores malignos que podem comprometer todo o intestino grosso (cólon) e o reto. Podem atingir
tanto homens quanto mulheres, sendo a primeira causa de câncer do aparelho digestivo e a terceira em
incidência entre todos os tumores malignos em nosso país. Segundo o INCa (Instituto Nacional de
Câncer) foi projetado para 2008 mais de 25.000 casos/ano.

Quais os fatores de risco?
Os tumores de intestino grosso podem ser divididos em dois grupos básicos:
1) Esporádico
2) Familiares

Contudo, existem doenças associadas que podem aumentar a sua incidência.
Fatores de risco no câncer esporádico

Os fatores de risco que mais influenciam o surgimento de casos esporádicos de câncer intestinal são:
a) idade acima de 45 anos
b) dieta com alto teor de gordura
c) carnes
d) baixo teor de cálcio
e) obesidade
f) sedentarismo
g) tabagismo

Fatores de risco no câncer associado à herança familiar
Neste caso o risco está associado à transmissão genética dentro da família. Ou seja, aqueles que têm
familiares com história de câncer colorretal, câncer de ovário, endométrio ou mama. Algumas condições
genéticas familiares são chamadas de Polipose Adenomatosa Familiar e o Câncer Colorretal Hereditário
sem polipose (HNPCC).

Fatores de risco no câncer associado a doenças
Algumas doenças representam fator de risco no câncer, como as doenças inflamatórias do cólon: a

“retocolite ulcerativa” e a “doença de Crohn”, em especial.

Prevenção e rastreamento
Trata-se de um ponto muito importante em casos de câncer colorretal. Por isso, é tratado separadamente
no tópico prevenção e rastreamento.

Quais os sintomas?
Infelizmente, os sintomas são mínimos ou inexistem no início da doença (quando os resultados do
tratamento seriam melhores). Os mais importantes são:
a) perda de sangue, que pode ser oculto (só se manifestando através de uma anemia, fraqueza e cansaço)
ou visível (sangue vivo ou escuro) percebido ao evacuar ou surgindo misturado às fezes
b) dor abdominal
c) massa abdominal
d) alteração do ritmo intestinal
e) intestino preso
f) diarreia alternada com intestino preso
g) vômitos ou náuseas

Como é feito o diagnóstico?
Frente a qualquer um dos sintomas ou sinais acima descritos, deve-se procurar o médico, habituado a
investigar este tipo de doença. Um especialista pode conduzir o exame proctológico, indicando exames
como a pesquisa de sangue oculto, a retossigmoidoscopia ou colonoscopia.

Outros exames podem ser
orientados pelo médico especialista de acordo com a apresentação do caso, sempre objetivando o
diagnóstico precoce de pólipos ou de pequenos tumores. Não faça autodiagnóstico, nem se submeta a
exames sem orientação médica.

Qual o tratamento?
Quando o tumor é muito inicial ou ainda trata-se de um pólipo, geralmente pode ser retirado através da
colonoscopia.

Na maior parte das vezes, o tratamento é a cirurgia para remoção da parte afetada juntamente com os
gânglios linfáticos (linfonodos). Em alguns tumores de reto, de diagnóstico precoce, é possível removê-lo
através do ânus. Em outros casos, é possível retirar parte do reto e preservar o esfíncter anal, eliminando a
necessidade de colostomia.
Dependendo do grau de desenvolvimento do tumor pode ser necessário um tratamento adicional
(adjuvante) de quimioterapia e em alguns casos também de radioterapia. Em alguns casos, este tratamento
(radioquimioterapia) pode ser indicado antes da cirurgia, reduzindo o tamanho do tumor e facilitando sua
retirada. Em geral, a cirurgia é realizada por via abdominal.

Em casos selecionados, a videolaparoscopia
pode ser indicada. Dependendo do tipo de cirurgia e necessidade pode ser necessária a colocação de um
estoma (colostomia ou ileostomia), temporário ou permanente.
Podem ocorrer metástases?

Sim. Especialmente nos casos avançados. As metástases mais comuns são para os gânglios linfáticos
(linfonodos) que fazem a drenagem do local onde se encontra o tumor. Outras vezes, a metástase pode
acontecer para outros órgãos, mais comumente para o fígado, o pulmão e o cérebro.

Finalmente, o melhor tratamento para o câncer colorretal é o diagnóstico precoce. A melhor prevenção do
câncer é encontrar e remover os pólipos intestinais.

Texto extraido do Portal Coloproctologia