Fissura Anal

Fissura Anal

Definição
A fissura anal é uma pequena úlcera linear, um corte ou ruptura do revestimento do canal anal. Essa
doença é comum e atinge mais frequentemente os adultos jovens, podendo ocorrer em qualquer faixa
etária. Ambos os sexos são acometidos igualmente. Seus sintomas incluem dor e sangramento e por isto é
muitas vezes confundida com os sintomas de hemorróidas.

Sinais, sintomas e causas

O doente refere dor na região anal, durante e após as evacuações, acompanhado de sangramento que pode
ser visível no vaso sanitário. Coceira e inchaço podem surgir com o passar do tempo. A fissura anal pode
se manifestar de forma aguda ou crônica. Na fase aguda a dor pode ser intensa e levar a dificuldade para
evacuar ou bloqueio da defecação. Outra manifestação possível nas fissuras é a infecção, podendo levar a
Adscesso Anal.
O surgimento da doença pode se dar como resultado dos seguintes fatores:
(A) trauma do canal anal.
(B) hipertonia do esfíncter do ânus, ambas podendo ocorrer tanto pela defecação de fezes endurecidas, na
prisão de ventre (constipação intestinal) quanto na diarreia.
O somatório destas condições leva à diminuição do aporte de sangue ao local (hipoperfusão e isquemia)
prejudicando as condições necessárias para cicatrização da fissura.

O pós-operatório de cirurgias da região anal (hemorróidas, fístulas, etc) pode também contribuir para o
aparecimento de fissura anal, porque provocam mecanismos semelhantes de hipertonia (contratura)
muscular e isquemia que dificultam a cicatrização destas cirurgias.

Outras doenças podem estar associadas ao surgimento de uma fissura anal como a retocolite ulcerativa, a
doença de Crohn, a tuberculose e doenças sexualmente transmissíveis (sífilis, herpes, linfogranuloma
venéreo, cancro mole, Aids, citomegalovirose, etc) assim como o câncer de canal anal. Por este motivo é
de suma importância o exame realizado pelo especialista para a elucidação diagnóstica.

Tratamento
O tratamento será escolhido pelo seu coloproctologista, após o exame físico, e poderá ser inicialmente
conservador (banhos de assento com água morna, pomadas anestésicas, dieta rica em fibras, etc). Seu
médico especialista poderá, ainda, associar a prescrição de medicações tópicas especiais que reduzem
temporariamente a contratura do esfincter interno do ânus promovendo a melhora da vascularização local
e consequentemente a cicatrização da fissura. Entretanto, em muitos casos essa medicação tópica pode
não conseguir ajudar na cicatrização. Em alguns casos a doença pode também retornar (recidivar)mesmo
com pleno tratamento clínico.

As fissuras que demoram em cicatrizar precisam ser reavaliadas pelo especialista e alguns casos podem
necessitar de cirurgia. O tratamento cirúrgico tem como objetivo diminuir o poder de contração do
esfíncter interno anal.

Com isto, consegue-se melhorar o fluxo de sangue para o local da fissura, o que
estimula sua cicatrização. Esta cirurgia possui altos índices de cicatrização embora envolva alguns riscos
que serão explicados pelo cirurgião. Outros problemas associados à fissura crônica que podem ser
tratados através da cirurgia são o plicoma anal e a papila hipertófica.

A escolha da melhor opção terapêutica deverá ser avaliada pelo seu cirurgião coloproctológico. A grande
maioria dos casos responde bem ao tratamento clinico, mas nos casos de sangramento persistente, apesar
da boa resposta ao tratamento clínico, podem necessitar de investigação adicional através de
colonoscopia.

Texto extraido do Portal Coloproctologia