Síndrome do intestino irritável (SII)

Síndrome do intestino irritável (SII)

Patologia
Pela própria definição de síndrome, podemos afirmar que a síndrome do intestino irritável pode
contemplar um conjunto de sintomas, sem que haja qualquer evidência de lesões subjacentes no intestino
grosso ou delgado. Ou seja, não há lesão orgânica decorrente da SII.

Etiologia
Assim como na Doença de Crohn, a causa precisa da SII não é conhecida. Fatores que parecem
desempenhar um papel relevante incluem:
• contrações musculares de força anormal no intestino,
• alterações no sistema nervoso intestinal (plexo mioentérico);
• doenças inflamatórias intestinais;
• infecção subjacente;
• alterações na microflora intestinal.
Os fatores desencadeantes demonstrados após anos de estudos foram o estresse emocional, alimentação
industrializada, especialmente o uso de conservantes e corantes artificiais.
Quadro clínico
• dor abdominal do tipo cólica;
• distensão abdominal;
• aumento na frequência de evacuações,
• constipação, intercalando com períodos de diarreia.
Apenas um pequeno número de pessoas com SII tem sinais e sintomas graves. Vale ressaltar que a
síndrome não causa alterações no tecido intestinal nem aumenta o risco de câncer colorretal.

Diagnóstico

Novos critérios para o diagnóstico da SII foram divulgados em junho de 2016. Os critérios chamados de
Roma IV refletem avanços em pesquisas científicas básicas e ensaios clínicos, já que os critérios de Roma
III foram publicados 10 anos atrás. Essa edição levou 6 anos para ser desenvolvida e envolveu
contribuições de 117 especialistas, representando 23 países.
Roma IV tem várias mudanças importantes em como os distúrbios intestinais funcionais são descritos e
diagnosticados, como dor abdominal recorrente, em média, pelo menos 1 dia por semana nos últimos 3
meses, associada a dois ou mais dos seguintes critérios:
• alteração na frequência das fezes;
• mudança na forma ou aparência das fezes;
• apresentar sintomas nos últimos 3 meses com início dos sintomas pelo menos 6 meses antes do
diagnóstico.

Tratamentos
O tratamento concentra-se no alívio dos sintomas para que o paciente tenha qualidade de vida. Sinais e
sintomas leves podem ser tratados pelo controle do estresse e por mudanças na dieta e no estilo de vida.
Evitar alimentos que desencadeiam os sintomas, aumentar a ingestão de fibras e água são medidas
fundamentais que os pacientes devem ser orientados e estimulados a fazer.